sexta-feira, 14 de agosto de 2009

As novas perspectivas do Movimento Estudantil Nacional - CONUNE 2009

Como realização de mais uma atividade o D.A.G.B manda o único delegado da FFPNM ao 51° congresso da UNE eleito pela chapa Universidade para Pernambuco que é formada pelo coletivo de algumas gestões de D.A's da UPE ( D.A.G.B – FFPNM, D.A. - FCM, D.A.C.B – ICB, D.A. - FENSG, D.A. - FCAP, D.A. - POLI, D.A. - FOP).
Fundamentados em um movimento independente, suprapartidário, o coletivo Universidade para Pernambuco, mesmo com todas as dificuldades, conseguiu realizar intervenções importantes no congresso e conseguiu ainda voltar dele com algumas atividades fundamentais para política estudantil brasileira.
Além de participarmos e realizarmos intervenções nas mesas de discussão sobre políticas públicas para juventude, desenvolvimento sustentável e passe livre, conseguimos em conjunto com estudantes da PUC-Campinas lançar um movimento independente, que vem surgir para agregar e garantir o direito de estudantes brasileiros que são suprapartidários a participarem das discussões e lutarem por uma nova política no cenário estudantil livre do aparelhamento e engessamento partidário, no qual se encontra atualmente. Convictos que o Movimento estudantil nacional está decadente, sem ideologia, força, crédito, mobilização por causa da manipulação partidária, sobretudo pela UJS (Juventude do PCdoB) que a mais de 15 anos ocupa a majoritária da entidade, vemos em um futuro a mudança e o resgate de nossa entidade através de um movimento de estudantes independentes, livres de intervenções partidárias e que visam a melhora da educação, da universidade brasileira e não fazem da política estudantil trampolim para política nacional. O movimento foi lançado na plenária final do congresso dentro do debate de chapas que concorriam para nova gestão da UNE. Foi nessa estratégia que o coletivo, com 12 estudantes, apresentou o movimento: “Vai surgir uma nova frente: movimento independente. – filhos da PUCC e da UPE.”. Vaiados e não aceitos por mostrarmos uma nova perspectiva libertária em um movimento viciado partidariamente seguimos em nossos Estados agregando mais estudantes que sonham com a volta de um movimento estudantil combativo contra as injustiças e corrupções que hoje vivemos.
Foto: lançamento do Mov. Independente (plenária final)
Nunca na história desse País

O 51° congresso da UNE aconteceu de 15 a 19 de julho desse ano em Brasília, na UNB (Universidade de Brasília) e contou com mais de 5.000 estudantes oriundos de todos os Estados brasileiros que foram alojados de forma aleatória e desrespeitosa em escolas distantes da Universidade e sem estrutura favorável para as mínimas necessidades como, banheiros com chuveiros e banheiros para realização de necessidades fisiológicas. Deve ser ressaltada, logicamente, uma exceção para a delegação de estudantes filiados a UJS que tiveram certa comodidade em seus alojamentos dispondo dos aparatos mínimos citados anteriormente, que se fazem tão necessários à sobrevivência sócio-comportamental do homem. É assim que se vê o real sentido de socialismo pregado por essas juventudes onde uns no poder têm mais direitos que os outros que não estão no poder.
As atividades de discussão foram escassas, o congresso se resumiu a painéis onde o debate sobre os temas propostos era limitado, os G.D's como em qualquer congresso, são importantíssimos para serem apresentadas propostas de cunho político e que regeriam as realizações e atuação da nova gestão da entidade, foram quase inexistente por falta de divulgação, aos congressistas, das salas e horários dificultando mais uma vez o debate.
Foram priorizadas, no congresso, atividades altamente de propaganda do Governo: “nunca na história desse País” um presidente participou e discursou em um congresso da UNE. Em um ato político do congresso, os estudantes foram às ruas combater a corrupção? Não. Pela preservação da Floresta Amazônica? Nada disso. A UNE protestou contra a criação da CPI da Petrobras, uma das patrocinadoras do evento. A antes combativa entidade estudantil inovou em sua servidão ao poder em troca de dinheiro. (Gustavo Ribeiro – veja.com).
E foi assim entre divulgação do governo, apoio à candidatura de Dilma Rousseff em 2010, aprovado como meta da entidade na plenária final, patrocínios milionários da Petrobras, e sem reivindicação, ato político e discussão que ocorreu o 51° congresso da UNE.
A culminância de toda a política falida que vive nossa entidade foi à eleição do mais novo presidente. Mais um estudante profissional do movimento estudantil, filiado a UJS, que hoje já está em seu terceiro curso universitário, diga-se de passagem, nenhum dos quais finalizados pelo mesmo, e que irá receber enquanto salário da entidade R$ 1.200,00 para continuar ficticiamente lutando por nossos interesses e gerindo os milhões de nossa milionária entidade que são recebidos do chefe-mor, o Governo Federal.


Coligação UNE/GOVERNO Lula.

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